sexta-feira, 29 de julho de 2022

Fãs maringaenses veem show do Sepultura de graça na Virada Cultural


A banda Sepultura tocará no próximo domingo (31), na Virada Cultural 2022 de Maringá. Evento gratuito será na praça do Antigo Aeroporto, reunindo atrações locais também. É oportunidade rara para os fãs que costuma viajar longas distâncias e gastar muito dinheiro com ingressos e despesas. Show maringaense é produzido pela Secretaria de Cultura, da Prefeitura de Maringá. 

Um dos maiores fãs do Sepultura na região de Maringá é o músico Anderson Sunguelo, 43 anos. Ele já perdeu a conta de quantos shows da banda foi, achando que foram mais de 15 espetáculos desde 1998. 

O primeiro item comprado foi uma fita cassete do terceiro disco, “Beneath The remains” em 1989. E daí se formou uma grande coleção com discos de vinil, CDs, fitas K7, camisetas, palhetas, memorabília, entre outros. Sunguelo frequentava uma loja de rock na cidade, O Porão Discos, e comprava tudo que chegava sobre sua banda favorita. 

O melhor disco para ele é “Arise”, quarto álbum lançado em 1991. Mas a principal “conquista” como fã foi ter tocado no palco com Andreas Kisser, num workshop em Maringá, em 2007. “Fui atrás de um autógrafo durante passagem de som e terminei a noite tocando baixo com o Andreas, na música “Arise”. Lembrar desse dia traz a felicidade de que estou no lugar certo, na Cidade Canção”, lembra Sunguelo.

O guitarrista maringaense toca músicas do Sepultura com sua banda Inner Self. Tributo com nome de uma música do álbum “Beneath The remains”. 

DEATH - Outro grande fã do Sepultura em Maringá é o músico Gilson Holder, 46 anos, baterista da banda de death metal Holder. Ele já viu três shows do grupo e até tocou com o Andreas Kisser, no workshop em Maringá, em 2007. Ele lembra que conheceu a banda em 1987, quando o Sepultura tinha ainda apenas dois discos.


Um amigo apresentou o álbum “Schizophrenia” em vinil e a partir dali virou fã. Inclusive como influência para sua banda Holder, que já lançou dois discos e é idolatrada no underground brasileiro.
“Acho que Sepultura é a maior influência musical do heavy metal nacional. Os discos clássicos da banda são dos melhores do cenário mundial”, considera o baterista da Holder. O disco favorito de Gilson Holder é o “Beneath the remains”, terceiro álbum lançado em 1989. 

GRATIDÃO – Para os fãs, ver a banda favorita em Maringá é uma experiência de vida. Considerar ver de graça, algo que eles já fizeram e gastariam hoje em torno de R$ 1 mil para viajar e ver o espetáculo, é quase imensurável. Ainda mais de uma tour que mal foi apresentada no Brasil, do 15º álbum da banda, “Quadra”, lançado no final de 2020. 

“Assistir a banda que mais curto e na cidade onde moro é, sem dúvida, uma bela recompensa com sentimento de orgulho. Com toda estrutura do município e de graça, acende aquele sentimento maior de que estamos na Cidade Canção!”, ressalta o guitarrista Anderson Sunguelo. 

“Para mim é um orgulho muito grande ver a maior nome do metal nacional tocar na minha cidade e em praça pública. Sem palavras!”, considera o baterista Gilson Holder. 

O Sepultura tocará na Virada Cultural de Maringá 2022, no Antigo Aeroporto, no próximo domingo (31), às 21h, com show gratuito. 


Fotos: Divulgação

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Prefeitura de Maringá anuncia ações para o Hip Hop


O hip hop é um movimento que engloba vários elementos como RAP (música), break (dança), graffiti (arte plástica), entre outros. Todas com muitos adeptos em Maringá. A Prefeitura apoia as iniciativas que valorizam estas artes. O que ficou claro durante o primeiro Congresso Brasileiro de Breaking (foto) realizado no começo de novembro.

Os secretários de Cultura, Victor Simião, de Juventude e Cidadania, Emmanuel Predestin, e de Esportes e Lazer, Robson Xavier, participaram do Congresso e anunciaram novidades que valorizam ainda mais a cultura de rua. A Prefeitura vai disponibilizar a Vila Olímpica para um projeto de grafiti, realizará um evento em praça pública, promoverá a formação de público, apoiará eventos, entre outras iniciativas.
A gestão Ulisses Maia amplia as ações, como aconteceu com a Semana do Hip Hop. O próprio Convite à Música também valoriza a arte.

CONGRESSO - O Congresso Brasileiro foi o ponto de partida para trabalhar o breaking como esporte olímpico em Paris em 2024. Maringá recebeu palestras, show de MC, apresentação dos “masters” do breaking, entrevistas ao vivo, competição entre quase 100 b-boys e b-girls de todo o Brasil, entre outros. Embora os maringaenses tenham participado com boas performances, os títulos foram para outros estados.

Confira os campeões do Breaking:
• Masculino:
Final entre Kapu (RJ) x Kley (PA).
Kley campeão

• Feminino
Final entre Mini Japa (PA) x Toquinha (SP).
Toquinha campeã


Foto: Andye Iore 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Filme “Shoplifters of the World” é deleite para fãs dos Smiths

 

Um filme cheio de músicas de uma das bandas mais bacanas da história do rock. Assim é “Shoplifters of the World”, de Stephen Kijak, que estreará no final do mês.

No enredo, uma brincadeira entre amigos faz com que um grande fã da banda The Smiths invada uma estação de radio em Denver, nos Estados Unidos, e obrigue o DJ a só tocar músicas da banda a noite toda. Enquanto isso, pessoas que estão num bar da cidade acompanham pelo radio o desenrolar do que acontece na estação. Filme se passa em1987 e mostra a relação das pessoas ao som do The Smiths. Inclusive com algumas falas da personagens sendo trechos de músicas dos Smiths.

O filme é dirigido pelo americano Stephen Kijak que já fez vários filmes e documentários musicais. Entre eles sobre Scott Walker, Rolling Stones, Lynyrd Skynyrd, entre outros.

Não é exagero o destaque que The Smiths ganha com “Shoplifters of the World”. Apesar da banda ser de rock alternativo, tem fãs em outros segmentos da música. E também pelas abordagens veganas, políticas e sexuais em suas letras.

A banda foi formada em 1982 em Manchester, na Inglaterra, com uma inusitada sonoridade entre punk e folk, sendo a única com esse tipo de som. Ficando depois mais introspectivo. Lançou apenas quatro discos até acabar cinco anos depois. Sem nunca se reunir novamente, apesar de todos os músicos ainda estarem vivos e grupo vender muitos discos.

DISCOS OFICIAIS
● “The Smiths” (1984)
● “Meat Is Murder” (1985)
●”The Queen Is Dead” (1986)
● “Strangeways, Here We Come” (1987)

A banda tem várias coletâneas, destacando “Hatful of hollow” (singles e sobras de stúdio, 1984), “Louder than bombs” (duplo,1987), “The world won´t listen” (1987), “Rank” (ao vivo,1988) , “The sound of The Smiths” (2008), “Singles box” (2008), entre outras.

Tantas músicas bacanas que também embalaram diversas trilhas sonoras de filmes e séries. Não só depois que a banda ficou famosa, mas ainda em atividade como em “Pretty in pink” (1986). Também esteve nos filmes “Shaun of the dead” e “The wedding singer”. E algumas vezes até com duas músicas. Como em “500 days of summer” e “Bumblebee”. Além da cena memorável com a bela Natalie Portman dançando ao som de “How soon is now”,no filme “Closer”.

E ainda nas series “America horror story”, “Queer as folk”, entre outras. Com destaque para “Black mirror”, onde foi tema do episódio “Hang the DJ”, na quarta temporada, com a música “Panic”.

O filme “Shoplifters of the World” tem previsão de estreia no dia 26 de marços nos Estados Unidos e ainda não tem data para o Brasil. A música “Shoplifters of the World Unite” foi lançada no disco “The World Won't Listen” em 1987.

● Veja trailer do filme “Shoplifters of the world”:

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Produtora que organizou carreira dos Racionais participa da Semana do Hip Hop

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Eliane Dias: colocando ordem nos Racionais . Foto: Vice


A Semana do Hip Hop de Maringá terá hoje (25), às 19h, um dos destaques do evento. Produtora Eliane Dias tem uma exemplar história de vida e profissional. Advogada e ativista de causas feministas, sociais, políticas e artísticas. Há oito anos produz os Racionais, principal banda de RAP do Brasil. E mudou totalmente carreira do quarteto. Tirou banda do culto independente do gueto para fazer shows nas principais casas de espetáculos do país. 

Pegou banda com mais de duas décadas de existência, encarou o machismo no meio do RAP e a rejeição da banda. Insistiu e venceu. Criou Boogie Naipe, produtora com nove artistas e diversos produtos oficiais como canecas, bonés, camisetas, vinis, CDs, DVDs, acessórios, livros. Criou páginas na internet para os Racionais, fez uma agenda típica do show business com banda ganhando dinheiro com direitos autorais. Próximo passo é relançar discografia dos Racionais que acabou de ganhar uma pequena tiragem por selo independente e maioria dos discos já esgotou na pré-venda. 

Se Eliane Dias e Racionais fossem americanos, estariam no nível de astros como Run DMC, NWA, Public Enemy e Wu-Tang Clan. Que assinaram contratos milionários e fizeram tours sold out em estádios. Mas ainda há muito mais por vir, segundo a produtora que atendeu imprensa da prefeitura para entrevista: 

ENTREVISTA

ANDYE IORE - Há diferenças de quando o RAP nacional começou em meados da década de 1980 para hoje?

ELIANE DIAS - A disseminação é mais rápida hoje. As pessoas têm acesso e conhecimento muito rápido. Antes as pessoas se aprofundavam mais, sabiam mais do que estavam falando. Antes tinha menos acesso à informação, mas falavam com mais propriedade. Hoje as pessoas têm mais acesso, mas estudam de forma superficial. Precisa se aprofundar mais no assunto. Quem consome RAP hoje é mais exigente, não se satisfaz só com visual.  Tem que ter informação com propriedade porque vai chegar em muita gente.

Além dos problemas sociais quem sempre têm nas periferias hoje há conflitos políticos que interferem na vida das pessoas. Até que ponto você como produtora de RAP atua nesses conflitos? 

Procuro não ser alienada. Sou ativista política. Estudo com profundidade, sei o que significa cada coisa. Sei quem está batendo numa ponta e porque o outro está apanhando. Sei que essa alienação política acontece pelo fato das informações serem superficiais. Todo mundo sabe de tudo, mas sabe só a primeira linha e não do resto. Temos que nos aprofundar pra aprender, entender. O RAP chega mais perto, ajuda as pessoas a se informar mais. Todo mundo tem ser político, entender de política. Não é trabalhar com política. Mas entender. Quem é candidato, se ele é racista, misógino, se bate em mulher, se conhece periferia. Tem candidatos que não conhece a periferia e quer voto da periferia.

Como você está trabalhando durante pandemia do coronavirus com as restrições de não poder fazer eventos presenciais? 

Tenho um coronograma de trabalho. Num ano sou programada pra fazer show, ficar fora, vender show. E no outro ano fico interna, criando. E esse ano era pra eu ficar interna criando. Ano passado fizemos turnê 3D. Já tinha planejado pra ficar interna com coisas importantes, dentro da produtora. Ano que vem vamos sair. A partir de março vamos para rua. Com a rede dos artistas toda organizada, Instagram, YouTube, Spotfy, Deezer, Google Play, todas plataformas organizadas conseguimos trabalhar e receber por streaming, direitos autorais, fazer publicidade. Vida que segue. Não é um mundo ideal, mas dá pra segurar. Estou odiando isso tudo. Odeio! Ter que ficar sem fazer show. Odeio ver produtores sem serviço, pedir cesta básica pra dar pra quem trabalha, pros artistas. Espero que tudo isso passe logo.

Você é apontada como a responsável pela profissionalização dos Racionais. O que mudou desde o começo da banda há três décadas até hoje? 

Cheguei para organizar mesmo os Racionais. Minha formação é Direito. Trabalho com metodologia de processos. Tenho que ver uma coisa, duas, três, quatro, cinco vezes. Entender e depois fazer. Nada é feita num rampante, de cabeça quente. Racionais trabalhava e tinha seu grande público, seu respeito, Mas não tinha metodologia executiva, de papel, assinatura de contratos. Faço isso. Racionais tem público em todas classes sociais. Consegui colocar RAP em todas as casas. Nas classes A, B, C, D e E. Ver o RAP mais respeitado como obra de arte. Colocar para tocar nas maiores e melhores casas de shows do Brasil. Não só para os Racionais, como para o RAP em geral. O RAP também merece ser bem tratado, ter camarim, transporte adequado, receber direitos autorias, ter sua aposentadoria e ganhar dinheiro com isso. Racionais é uma banda grande e precisa dessa organização. 

Discos em vinil dos Racionais foram relançados em pequena tiragem de um selo independente e maioria já esgotou. Você tem noção que tem mercado fonográfico de novo no Brasil e que isso poderia ser mais explorado já que há uma grande demanda de novos fãs que não tem discos da banda?

Pretendia fazer mais. Fizemos 10 mil discos. Foi muito pouco. Íamos fazer fora do país, mas com a pandemia mudou tudo. Sabemos disso tudo. Estou pensando com carinho sobre o assunto. Se ver que é fonte de renda e satisfação para o público, faremos mais. Estamos pensando nisso. 

• ONDE VER: Página da Semuc no YouTube . 


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Wi-Fi Kills é próximo lançamento da Zoom Discos

A banda curitibana WiFi Kills lançará disco novo em novembro pela Zoom Discos. Compacto 7 polegadas "Melting times" terá quatro músicas: "8 bit man", "Car city", "Repeated movements" e "2d". Tiragem é de 300 cópias. "O disco já está indo para fábrica e estamos ansiosos para ficar pronto", comenta guitarrista e vocalista, Klaus Koti "Chucrobillyman".

Sons foram das últimas gravações no finado estúdio Ceffeine, em São Paulo. Gravação em fita de rolo ao vivo, com somente vocal em overdub. O fino do garage rock tosquera. 

Outra novidade é que esse será primeiro lançamento da Zoom Discos feito na fábrica Vinil Brasil, em São Paulo. Sócios Leonardo Cavalli e Felipe Sad acabaram de fechar acordo com fábrica paulistana e já tem outros títulos na fila. Entre eles discos novos das Jaguatiricas e do Vida Ruim. 

"Melting times" será o 14º título da Zoom Discos. WiFi Kills já lançou split com banda Thee Dirty Rats pelo selo goiano Mandinga Records em 2017. E já lançou dois discos online disponíveis no site da banda: "Water sounds EP" (2016) e "Synchronized errors" (2019).

Banda curitibana tem sonoridade única no Brasil, num new wave garage e ganha fãs a cada show que faz. Formação é uma seleção com músicos de outras bandas curitibanas de garage rock.


DISCOGRAFIA:
• "Water sounds EP" (2016)
• Split Thee Dirty Rats / WiFi Kills (2017)
• "Synchronized Errors" (2019)
• "Melting times" (2020)

• Site do WiFi KIlls
• Site da Zoom Discos
• Site da Vinil Brasil


quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Morre palhaço Lero-Lero


O palhaço Lero-Lero (foto) morreu ontem (6) em Maringá. Aos 71 anos, Augusto Cesar Castelo Branco fazia tratamento na córnea e estava internado no hospital. Uma tristeza para a cultura para Maringá. Fazia trabalho voluntário e dependia da ajuda de muita gente para sobreviver de sua arte. 

Tenho uma passagem bem bacana com Lero-Lero. Levei ele para ver o filme "I clown", de Fellini, no projeto Um Outro Olhar, no CineFlix (então Cinesystem na época). Há aproximadamente 15 anos isso. A ideia era fazer reportagem do filme sobre circo pela ótica do palhaço maringaense. 
Final do filme, Lero-Lero chorando pelo tom emotivo felliniano. Ao conversar com ele para pegar informações para o texto, novamente lágrimas. Ele me agradeceu por levá-lo para ver um filme tão belo que ele não conhecia. Ainda mais sobre sua profissão. 

Desde então, quando me encontrava depois de algum tempo sem nos vermos, ele falava: "Você que me levou para ver o filme do circo, né?!?". 
Essa foi uma das reportagens mais bacanas que fiz culturalmente. Foi para a coluna Supers, do jornal Hoje Maringá. Mesmo não ganhando nada pela coluna, fazia para que o jornal tivesse algum conteúdo cultural local relevante. E pude publicar materiais bem bacanas como essa reportagem com Lero-Lero falando de um filme sobre circo, de Federico Fellini. 

Infelizmente, não achei arquivo com essa reportagem. Segue ilustrando esse texto foto da UH/UEM. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Mercadão ganha o "Cantinho das cervejas"



O Mercadão de Maringá tem mais uma atração. A partir de hoje (11) tem o "Cantinho das cervejas". O apelido é informal, mas cabe como uma luva. Os bares Sabores da America, DKN´s Sport Bar e Sabores do Malte somam seis pontos nos fundos do Mercadão com uma ampla variedade de cervejas. Desde as tradicionais garrafas da Ambev até chopps artesanais de pequenas cervejarias maringaenses.

Será inaugurado hoje (11) o DKN´s Sport Bar. São nove torneiras com chopps dos rótulos da Ambev e artesanais. O destaque é um telão de 3 x 2,20 metros acima do balcão do bar. E mais seis aparelhos de televisão. Tudo para transmitir ao vivo jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol, National Basketball Association (NBA), National Football League (NFL), entre outras modalidades.

Em frente, o Sabores da América/DKN´s completa um ano com sucesso no cardápio. Porções, lanches e refeições. Destacando os cortes de carne americanos. Hoje também estreia cardápio novo.


Somente no Sabores do Malte são 36 torneiras no contexto americano - "drink local" ("beba local") - com chopps de Maringá. Desde as premiadas das cervejarias já estabelecidas até produção própria. E também um cardápio variado com bons acompanhamentos para os chopps. O espaço melhora o conceito lançado por eles no bar do Alameda Muffato, no Novo Centro, que tem 16 torneiras.

O "Cantinho das cervejas" já é referência para quem quer curtir uma boa e gelada cerveja com os amigos. Com certeza terá uma (ou muitas) cerveja que vai agradar. Para melhorar ainda mais, é no espaço entre os bares que acontece todo mês a Feira do Clube do Vinil de Maringá.
O Mercadão fica na avenida Prudente de Morais, 601, em frente ao estádio Willie Davids.
Fotos: Andye Iore

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Premiado “Leste Oeste” está em cartaz no Paraná



O premiado filme londrinense “Leste Oeste”, de Rodrigo Grota, está em cartaz nos cinemas paranaenses. Em Maringá hoje (14) é a última oportunidade de ver no CineFlix (com sessões às 20h10 e 22h, no Shopping Maringá Park). Em Londrina é no Cine Royal Plaza (às 17h30 e 19h15). Além de Ponta Grossa e Curitiba, também há sessões em outras 11 cidades brasileiras.
A exibição nos cinemas do Paraná é uma parceria entre o governo do Estado, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Banco de Desenvolvimento da Região Sul (BRDE).  Apesar de atrasado, vale a ida ao cinema. O filme feito em 2014, estreou em 2016 e somente agora entra em circuito comercial. Até então, rodou festivais em todo o mundo e conquistou prêmios em diversos eventos. Como nos Estados Unidos, Holanda, México, entre outros.

É uma obra com perfil de festival. Dramas e disputas familiares, encontros e desencontros amorosos, trilha roqueira bacana, entre outros aspectos que afastam um filme de grandes bilheterias. Mas tem seu público fiel e agrada a crítica.
O enredo mostra um piloto de carro de corridas que volta para sua cidade depois de anos em outros países. O retorno bate de frente com a rivalidade com o pai, o amor enrustido pela cunhada e o encontro com o sobrinho adolescente que segue seus passos profissionais.



“Leste Oeste” é filme para ver num cinema com bom sistema de som. Além dos inúmeros diálogos, há diversas cenas com “quase silêncio”. Onde o som do vento, do cigarro queimando, do passar de fotos em papel são ressaltados como que ilustrando o sentimento das personagens. Sem contar a trilha sonora de Rodrigo Guedes, da banda Grenade. “O Grota me pediu três músicas da banda e eu fiz a trilha com músicas originais que compus especificamente para o filme”, comenta Guedes. A parceria entre os Rodrigos já vai para a sexta produção. Incluindo uma série de TV e outro filme a estrearem em breve. A trilha tem ainda música do Killing Chainsaw.



MUNICIPAL - Além da banda local na trilha “Leste Oeste” ainda mostra outros aspectos londrinenses, incluindo personagens e cenários. Como o jornalista José Maschio “Ganchão” num dos papéis principais, parte da equipe do Cine Guerrilha na assistência, o Autódromo Internacional Ayrton Senna, as tradicionais casas de madeira, a silhueta de prédios no sol poente, entre outros. Sem contar o nome do filme que ilustra bem as idas e vindas das personagens no enredo. Tudo bancado com lei municipal de incentivo à cultura Promic. Um raro e feliz exemplo de como beneficiar artistas locais leva o nome e a imagem da cidade com destaque para outros países.
Grota já tem mais de 20 obras na filmografia e trabalha em outros três projetos novos que estrearão até 2021. Entre eles, a cinebiografia do escritor Lima Barreto.



FILME
“Leste Oeste”
Direção e roteiro: Rodrigo Grota
Drama, 1h25
Elenco: Felipe Kannenberg, Bruno Silva, Filipe Garcia, Simone Iliescu, José Maschio
Trilha sonora: Rodrigo Guedes



quarta-feira, 19 de junho de 2019

Wood Surfers apresenta disco em Maringá


A véspera de feriado (hoje, 19) será especial em Maringá. A banda londrinense de surf music Wood Surfers apresenta seu disco de estreia homônimo com show no bar da cervejaria Araucária (ex-Beaver Tap House, na praça Rocha Pombo, 248, centro de Maringá). 
O evento terá também gastronomia com o Carnes Fernandes assando porções na hora e discos de vinil com O Porão Discos. O evento começa às 19h com entrada gratuita. 

Curiosamente, o Projeto Zombilly (que faz parte da loja O Porão Discos) une dois parceiros que já participaram de outros eventos anteriormente. Já fizemos diversos shows no bar da família Fernandes (na avenida São Paulo) assim como também eventos na fábrica da Araucária. E agora as duas marcas são vizinhas com seus novos empreendimentos na praça Rocha Pombo, no centro da cidade. A Araucária com suas cervejas artesanais premiadas e o Carne Fernandes com suas porções que você pode escolher a carne e eles assam na hora.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Araucária assume bar no centro de Maringá



A Cervejaria Araucária agora comanda o ex-Beaver Tap House, na praça Rocha Pombo, 248, no centro de Maringá. O bar passará por adequações para ficar com o perfil da cervejaria maringaense. Mas já atende com nova equipe.
Por enquanto são dez torneiras, incluindo chopps de rótulos premiados. Além de lanches e porções que já são conhecidos dos eventos na fábrica local.
E, claro, tudo embalado por rock´n´roll, o que caracterizou a Araucária como a cervejaria mais roqueira da cidade.
Foos: Andye Iore




terça-feira, 12 de março de 2019

Loja O Porão Discos divulga agenda de eventos


A loja O Porão Discos anuncia sua participação em eventos nos dois próximos meses. Incluindo no Clube do Vinil de Maringá e em Curitiba. Seguindo o calendário que já fazemos desde 2014 com eventos especiais no Clube do Vinil de Maringá em abril terá mais um Record Store Day, com atividades paralelas que serão anunciadas ainda. E, claro, discos especiais e promoções como fizemos nos últimos anos. 
Apesar do Record Store Day não ter eventos oficiais no Brasil, nós fazemos em Maringá nos últimos quatro anos para valorizar os colecionadores de discos de vinil. 
Vale ressaltar que nas feiras do CVM outros expositores também tem algumas das edições limitadas do Record Store Day. Na imagem abaixo alguns dos discos que estarão á venda nesses eventos. 

- 16 de março, sábado – 36ª Feira do Clube do Vinil de Maringá, no Mercadão de Maringá. A loja estará fechada;
- 23 de março, sábado – 7ª Feira Nacional Curitiba Vinil, n´A Travessa, em Curitiba. A loja estará aberta entre 9h e 14h;
- 6 de abril, sábado – Pré-Record Store Day, em Maringá. A loja estará aberta entre 9h e 12h;
- 13 de abril, sábado – Record Store Day, no Mercadão, em Maringá, mais um evento a ser anunciado em breve. A loja estará fechada.
 



A loja O Porão Discos fica na rua Lauro Werneck, 787,em frente a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Fone: (44) 3040-1970. Horários:
- semana entre 13h30 e 19h30
- sabado entre 9h e 14h

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Cruel Face lança disco com show em Maringá



Será lançado amanhã (8) em Maringá o disco novo da banda paulista de grind core Cruel Face. O evento no Batcave terá abertura das bandas Distanásia (de Maringá), Turbulence (de Maringá) e Guro (de Londrina). O ingresso custa R$ 10 com o primeiro show às 21h.
O evento Holocaust in Your Head é lançamento de mais um disco do selo maringaense Didi Core Records, dessa vez um split com as bandas Cruel Face e Guro. O compacto 7” em vinil estará à venda no show.
O Cruel Face foi formado em 1996 no ABC e teve várias formações, desde duo até quarteto, com músicos que já tocaram em importantes bandas do underground brasileiro como Rot, Ação Direta, Social Chaos, Nitrominds, entre outras. “O posicionamento da banda sempre foi contra as desigualdades sociais, racismo, fascismo, homofobia, especismo e injustiças em geral”, comenta o baixista Diego Amaro, sobre as letras do Cruel Face, relacionando com o momento atual do Brasil.

A banda já tocou em vários estados e tem 12 títulos lançados, desde fitas cassete até splits com bandas gringas. Essa é a primeira vez que o Cruel Face toca em Maringá e a banda tem a expectativa de atrair fãs do punk rock e suas vertentes da região maringaense. “Existem muitas bandas atuando nesse estilo, porém não há o mesmo tanto de gente que apoia a cena underground. O que mais vemos são apoiadores cibernéticos”, considera Amaro sobre o público mais novo de hoje que prefere ficar na internet que conhecer bandas pessoalmente. Mas a garantia para quem gosta de barulho é um grande show em Maringá.
Formação do Cruel Face: Edu (bateria), Alexandre (guitarra e vocal), Diego (baixo).  Confira o site da banda . 

Texto: Andye Iore  / Foto: Divulgação

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Evento gratuito reúne quadrinhistas em Maringá



Será realizado no próximo sábado (1º de dezembro) o Risco sem Risco, entre 15h e 19h, no Batcave (avenida Colombo,4767). O evento gratuito reúne quadrinhistas, jornalistas, ilustradores e colecionadores de histórias em quadrinhos numa integração entre profissionais da região. Estão confirmados participantes de Maringá, Londrina, Mandaguari e Umuarama com exposição, oficina e bancas com trocas e vendas de gibis e livros.

Um dos convidados é o londrinense Eloyr Pacheco, 58 anos. Ele já participou de vários processos da indústria dos quadrinhos, desde fazer um fanzine até ser editor de revistas de circulação nacional, na editora Brainstore. Ele também já fez um programa de radio sobre HQs e criou em 2007 o herói “Escorpião de prata”, que já teve publicações impressas, na internet e participou de evento na Europa.
Pacheco dará uma oficina gratuita (com inscrição limitada e a partir de 12 anos) sobre “Criação, roteiro e arte”. E ainda fará um bate papo informal com os outros participantes do evento.

Um dos destaques do Risco Sem Risco é o caráter independente, livre das “amarras burocráticas” do poder público, que quase nunca contempla os independentes e o colecionismo. De Umuarama vem o trio Augusto Silva, João Oliveira e Edu Tadeu, que lançou em julho desse ano por conta própria a revista “Sossego”.
Já de Mandaguari o quadrinhista Rogério Curiel apresenta suas publicações “Cotidiano contínuo” e também a oficina “O processo de produção de uma história”.
O representante independente de Maringá é Christian Sergi que acabou de voltar do Pixel Show, em São Paulo, onde lançou seu livro de fantasia ilustrado “Doran”.


RAROS - E terá ainda exposição de fanzines, incluindo o primeiro zine maringaense “The Wild Side” lançado no começo da década de 1990 e outros títulos raros do acervo do O Porão Discos. A organização promete também pendurar nas paredes do espaço originais de Marcatti, um dos principais quadrinhistas brasileiros e que é o único do mercado a produzir, imprimir e vender por conta própria, sem depender de absolutamente nada do mercado formal editorial. O Risco sem Risco vai até às 19h, mas o bar Batcave segue sua programação normal em seguida.
Texto: Andye Iore

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Mini tour do Drakula passa por Maringá



A banda de garage punk surf Drakula tocará em Maringá no próximo sábado (17) com show no Batcave (avenida Colombo, 4767). A apresentação faz parte de uma mini tour que o grupo de Campinas (SP) faz por Londrina, Cascavel, Toledo e Maringá essa semana.
O Drakula é uma das principais bandas do cenário independente brasileiro e se prepara para gravar seu quinto disco. A banda que toca com máscaras de luta livre mexicana mostrará músicas novas com uma formação como quarteto mais voltada para o punk rock.  Já que viaja dessa vez só com um guitarrista e um vocalista que só canta e não toca instrumento. Ocasionalmente eles mudam a formação conforme a disponibilidade dos músicos para viagens. “Agora como tem alguém só para cantar, a gente fica mais livre nos instrumentos e o show está mais porrada”, anuncia o baixista Daniel Ete (foto abaixo).

O Drakula foi formado em 2006, como uma superbanda do underground reunindo músicos que já passaram por grupos badalados como Muzarellas, No Class e Leptospirose. Já tocaram por diversos estados, inclusive com bandas estrangeiras e teve até a participação do australiano Chris Masuak (do Radio Birdman) num dos discos.
O grupo planeja lançar um disco novo em 2019, sendo que já tem oito músicas gravadas e gravará mais seis para o álbum. Eles avisam que levam na tour camisetas, discos e bottons para vender. O baixista Daniel Ete também é artista, fazendo capas de discos, pintando quadros, painéis, camisetas, shapes de skate para vender. Ele fará um painel no Batcave durante sua estadia maringaense.


THRASH - A banda usa uma história fictícia típica de trashmovies para sua origem. Diz que quatro máscaras foram encontradas por jovens bebuns no cemitério de Campinas, relacionando a história da cidade com a diversão dos filmes de terror (leia a história completa no site da banda: www.drakula.com.br)

DISCOGRAFIA DO DRAKULA
“O Inferno com I Maiúsculo” (CD, 2008)
- “Comando Fantasma” (CD, 2009)
- “Vilipêndio a Cadáver” (vinil 7”, 2011) 
- “Death surf” (vinil 7”, 2014).


CEBOLA – A abertura do show será do Onion Balls (foto acima), de Arapongas. A banda de garage alternativo mistura em suas músicas próprias os sons de MC5 com Dinosaur Jr. A dupla vai gravar o segundo disco no estúdio que tem em casa para lançar no começo de 2019. Também participa da festa o projeto Vinyland, com discotecagem com discos de vinil dos anos 80, indo do alternativo ao punk. Ingressos a R$ 10 (antecipado) e R$ 15 (na portaria).

Lembrando que o Batcave abre cedo e os shows também são cedo. Quem precisar ir embora, não chega tarde em casa. E quem quiser ficar no bar, seguirá curtindo um rock bacana com a discotecagem do Vinyland. A previsão é que o Onion Balls toque por volta das 21h e o Drakula por volta das 22h30. 

Texto e fotos: Andye Iore


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Maringá ganha espaço coletivo underground



Será inaugurada amanhã (2) uma opção cultural diferente em Maringá. O Batcave Underground (avenida Colombo, 4767) apresenta um conceito até então inédito na região: será um coletivo com foco nas atividades independentes e underground, com bar, estúdio de tatuagem, barbearia, exposição de artes, ensaio para bandas, camisetas, artesanato, entre outros, num amplo espaço de 540 metros quadrados. “Queria que o lugar agregasse a cena como um centro cultural”, conceitua o técnico em informática e sócio Renato Mattioli, 36 anos. “Sempre com muito respeito, sem preconceito e que as pessoas se sintam à vontade”.

A ideia de Mattioli tem origem há nove anos, quando ele viajou para a Europa. E visitou um espaço cultural na Espanha que tinha vários segmentos juntos.  E, desde então, nutriu o projeto que se concretiza agora em Maringá, com sócios e parceiros. Foram três meses de reforma e adequações no espaço para receber os amigos, bandas, agentes culturais e clientes daqui para frente. As lojas atenderão entre 12h e 23h e o bar entre 19h e 3h. Fazem parte do coletivo: o bar administrado pelos sócios, a barbearia Don Mariano, estúdio de ensaio Natan, Batcave Tattoo, camisetas Mosh Metal e outros com parcerias.
O perfil com foco no undeground vem de seus gostos pessoais e de sua banda, A Família Monstro, cujo gênero horror punk tem poucos fãs na cidade. E, claro, não tem muitas opções para fazer shows. O que agora está resolvido.


BARATO - Características essas que fazem com que o Batcave não faça concorrência com qualquer outro espaço cultural ou bar que, geralmente, ignora esse tipo de público na cidade. Outro diferencial será a entrada com eventos gratuitos, como sábado na inauguração. E quando houver cobrança de ingresso, há um acordo com os promotores para ingressos populares. Os primeiros agendados variam entra R$ 5 e R$ 15 apenas. “É uma satisfação ver pronto agora porque não imaginávamos como ficaria”, comenta o sócio e baterista da banda Junkies, Carlos Poppi, 36 anos.

O que já atraiu produtores culturais independentes que tinham dificuldade para fazer seus eventos na cidade. Alguns até desistiram de trazer artistas para Maringá pela falta de opções. Mas, agora já fizeram parcerias com o Batcave e em breve divulgarão seus projetos, como o punk Holocaust in Your Head, o multicultural Zombilly, entre outros. “A cena rock em Maringá é muito boa, muito ampla. Tem público em geral de diversos estilos. Mas, precisa de mais locais para tanto público rock em geral”, afirma Mattioli.

ORIGEM – Batcave foi um bar aberto em Londres no começo da década de 1980 e onde começou a cultura goth com formação de grupos no local. A banda Alien Sex Fiend homenageou o lugar em 1993 com o disco “The Legendary Batcave Tapes”, numa reedição das primeiras musicas antes da banda ficar conhecida.



BATCAVE UNDERGROUND GALLERY
Avenida Colombo, 4767, Maringá (PR)
FACEBOOK - www.facebook.com/Batcaverockbar
INSTAGRAM - @batcaverockbar
FONE: (44) 99717-7564

Texto e fotos: Andye Iore

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A maioridade chega num afeto cultural



O projeto de cinema Um Outro Olhar completou 18 anos de atividades em Maringá. O coordenador Paulo Campagnolo  (foto), 54 anos, celebra o momento conceituando seu trabalho como uma troca de afeto com o público através dos filmes. O projeto que começou em 2000, faz parte desde 2006 do calendário da Secretaria de Cultura de Maringá, sendo exibido gratuitamente às 20h dos sábados, como Convite ao Cinema, no auditório Helio Moreira (no Paço Municipal). "Hoje me dou conta da dimensão disso tudo que eu não imaginava que chegaria a tanto", comenta Campagnolo, baseado no feedback do público que manda emails, mensagens e falam pessoalmente após os filmes.

Desde o começo em 17 de outubro de 2000, já foram exibidos mais de 1,2 mil filmes para um público estimado em 180 mil pessoas em mais de 2 mil sessões. E com resultados e reações diferentes. Desde a redenção que vem num abraço afetuoso de quem se identifica com o filme até discussões acaloradas com dedo apontado.
Campagnolo caracterizou seu projeto como uma troca com o público, fazendo questão de comentar e debater cada filme após a sessão. As dificuldades foram muitas. Desde conseguir filmes para exibição - seja em DVD ou película - passando pelo público pequeno, até aspectos pessoais. "Nunca tive a ilusão de encher a sala. Sei que mais pessoas poderiam frequentar. Mas o projeto tem seu público e para mim é ótimo", avalia sobre Maringá ser uma cidade universitária, lugar onde deveria haver um maior interesse cultural e acesso à informação.


Ele discorre pela media de público hoje em torno de 85 pessoas por sessão. Sendo que já chegou a exibir filme para apenas 20 pessoas... obra de 7 horas de duração em sessão única. E assim o Um Outro Olhar se faz mais difícil. Além de exibir filmes fora do circuito comercial, ainda desafia em obras incomuns que podem até afastar mais ainda o público desavisado. Campagnolo lembra que dos poucos conflitos que teve nas sessões, um aconteceu no polêmico (e sexual) filme português "O fantasma" (de João Pedro Rodrigues, 2000). E outro no "Lebanon" (de Samuel Maoz, de 2009), num bate-boca sobre a guerra no Líbano.

PRIVILÉGIO - Histórias que podem render um livro no futuro. Hoje Campagnolo se atualiza lendo sites especializados dos Estados Unidos e Europa, conferindo resultados de festivais e comprando filmes pela internet.
Ele também planeja fazer sessões em praça pública, depois da experiência bacana feita numa chácara. "Sou um privilegiado. Não tenho do que reclamar", anuncia sobre viver hoje só de arte e cultura. Ele é contratado da Secretaria de Cultura, trabalha numa ONG em Mandaguari dando aula de literatura e artes para crianças e adolescentes e faz suas peças teatrais. "É uma honra ter um projeto para o cinema de arte. Ele tem relevância para a cultura de Maringá e por isso ´abraçamos´", elogia o secretário municipal de Cultura, Miguel Fernando.

Texto e fotos: Andye Iore

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Antonina recebe festival gringo de monobandas



A pequena cidade turística no litoral do Paraná será palco para um festival internacional de onemanbands. Antonina (a aproximadamente 80km de Curitiba) receberá 12 monobandas da Holanda, Uruguai e de três estados brasileiros com shows gratuitos nos dias 7 e 8 de setembro de 2018. As OMBs tocarão na Travessa do Marinho, Casa Verde, na sexta-feira (7) entre 17h40 e 23h30, e na Ponta da Pita no sábado (8) entre 14h e 23h30. “Eu faço o festival de blues de Antonina e outros de rock”, comenta Marcos Maranhão, um dos organizadores e que faz eventos desde 2011. “Daí surgiu a ideia conversando com amigos que tem monobandas”.
O Brasil tem uma intensa movimentação de onemanbands, apesar de não haver uma organização ou melhor articulação entre elas. Ocasionalmente algumas se encontram e partem em divertidas tours viajando várias num mesmo carro. Ou até mesmo ficam em suas regiões desbravando palcos e sendo tratadas como curiosidade e excentricidade musical. O que é certo é que o rock toskera diverte o público e sempre oferece produtos bacanas como vinis, CDs e camisetas bancados e vendidos pelos próprios músicos depois dos shows.

LINE UP DO FESTIVAL DE MONOBANDAS de ANTONINA
Dia 7 de setembro (Palco Travessa Do Marinho - Casa Verde)
17h40 - Zufällig Musik (PR)
19h - Lucian Satan (PR)
20h20 - O Lendário Chucrobillyman (PR)
21h30 - Davi Henn (PR)
22h - DJ DOK discotecagem em vinyl 7 polegadas

Dia 8 de setembro (palco Ponta da Pita)
14h - Flores Feias (PR)
15h10 - Monobird (SC)
16h20 - D.Selvagi (SP)
17h30 - Chuck Violence (SC)
18h40 - Fabulous Go-Go Boy From Alabama (SP)
19h50 - Amazing One Man Band (Uruguay)
21h - Bloody Mary Una Chica Band (SP)
22h10 - Dead Elvis And His One Man Grave (Holanda)

Informações:
- Página no Facebook

- Confora o guia brasileiro de monobandas .